Cagar
Estou tão aborrecido que me sento na sanita sem vontade de
cagar,
Tenho ao menos o papel higiénico ao meu lado e uma caneta na
ideia,
Seja como for, já estava a pensar em merda, não há que
admirar
Que já tenham publicações até 2099, ou que o vírus, esse
bicho
Minúsculo de costas largas, até nos livros se tenha metido,
Infelizmente, a merda dos amigos ainda se tolera, eu até
compreendo,
Continuo sentado, não espero nada, ao menos em sete,
Tive duas respostas, nunca tive talento, só o hábito e a
necessidade,
Lamber botas nunca me caiu na língua, agora sem juventude,
não há promessas,
As nádegas dormentes talvez, se calhar um peido, só o
aborrecimento é certo.
Turku
03.08.2021
João Bosco da Silva
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