Antes da Queda a Fractura
Chove no farol
o mar persiste
na eternidade.
Nos morangos silvestres
a maresia
da manhã.
De manhã
na palha húmida
o teu cheiro.
Julho a meio
floresce
a hortelã.
Pensará em mim
antes de adormecer –
cuco canta.
Adormecer embalado
pelo despertar
da cidade.
Na vida
como em tudo
sempre um amador.
Entre grilos e gaivotas
prefiro o silêncio
dos trevos.
Terra revolta
à beira do caminho –
batatas novas.
Secam algumas
flores de trevo –
o outono não demora.
Oito toalhas de banho
lavadas –
finalmente silencio.
Kaskinen-Turku, Julho 2022
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