Uma pausa para a
eternidade
Nas folgas,
costumava sentar-me num bar
E depois de uma
ou duas cervejas, surgiam os poemas,
A caminho de
casa, sentia-me leve, salvo, como depois
De uma
confissão, não me lembro da última vez
Em que me sentei
num bar e escrevi na companhia
De uma cerveja e
do então sempre presente moleskine,
Quero acreditar
que esses momentos se reflectem ainda
Na eternidade, como
aqueles que partiram,
Cuja existência
perdura nos ecos, nos passos,
Que trouxeram
tudo ao que é neste momento,
No entanto,
sento-me agora na biblioteca,
A caminho do
centro da cidade em procura
Deste alívio,
cada vez se tem menos tempo
Para contemplar o
que somos na passagem,
Relembrar quem só
em sonhos agora nos visita.
Turku
14.13.2023
João Bosc da
Silva
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