terça-feira, 28 de janeiro de 2025

 

 

 

Quanto excesso cabe nos interstícios

De uma noite esperada, haverão questões

Que salvem, mãos que empurrem

Os sonhos na lama, mergulhando-os

Em profundidades de visco e merda,

Quem nunca viu uma árvore

A não ser no inverno, onde encontrará

A felicidade e a cor dos dias,

Sob a neve ninguém adivinha sequer

A areia da praia e a merda dos ganços

Que partiram quando o verão acabou,

Os livros esperam, marcados pela desistência

Insegura, nada corre a não ser o tempo

E a tormenta das artérias.

 

28/01/2025

 

Turku

 

João Bosco da Silva

Sem comentários:

Enviar um comentário