Passagem
Rosas amarelas, cabras loiras de andar apertado e dissimulado,
Cansadas da humidade presa e só os olhos saltam
Às braguilhas pesadas que os pés chocalham.
Cheira a leite azedo nas esquinas e há muitas,
Luzes que brilham dentro, apagadas almas, desmaiadas cores pelos passeios.
A gasolina não apaga a fome de sapatos a pisar, pisam éguas como cabras,
Vermelho o nariz do tinto, varrem e deixam ficar tudo.
Saudades serão nada quando tudo areia e esquecimento
Além da complexidade de todas velas que arderam.
09.11.2010
Londres
João Bosco da Silva
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