Sem Razão
Pensei que tinha algo para escrever quando abri isto, depois lá me distraí
Com uns ódios de estimação, também não tenho nada novo a acrescentar,
Vivemos num tempo em que para criar algo realmente, precisamos de cinzas,
Chegamos ao ponto em que só incendiando todos as bibliotecas,
Encontraríamos uma voz realmente própria, depois culpam-nos,
Imitação barata deste, queria ser como aquele, devia mais isto ou aquilo,
Eu acho mesmo é que não devia nada, de todo, todos têm mais certezas
Para dar e eu mal vendo uma remessa de dúvidas por ano,
Contudo, mesmo sem nada para escrever, acabo por usar isso
Como quem sopra no aerogerador para carregar nos pulmões o próximo fôlego.
18.06.2018
Turku
João Bosco da Silva
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