Vendedoras de Morangos
Vendem ilusões maduras, fruta da época, nos dias quentes do
verão nórdico,
Suas gotas de suor descendo a pele dourada, são as estrelas
cadentes
Da minha adolescência em Agosto, quando saem da água fria
dos lagos,
As suas virilhas têm o cheiro do ondular dourado de uma
seara madura,
Ainda têm o mundo nas mãos de quem há pouco cedeu a
inocência
À vontade do corpo, essas vendedoras de morangos, pequenos
sóis
À sombra de tendas de cores quentes, fosse eu jovem e
admirava-as
Com a mesma distância, sempre fui um covarde com mais olhos
que barriga
E a poesia isto que me entretém os dentes da vontade.
Turku
26.06.2020
João Bosco da Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário