Acordar cedo com a aranha a tecer a teia na janela
Para apanhar os curtos raios de sol nas gotas de orvalho,
Encher a cabana com o cheiro do café, que se engole calmamente
Enquanto nos montes verdes, as ovelhas pastam a lentidão dos dias,
Conquistar distâncias e alturas primitivas, respirar alto a pureza
De um dia limpo, encontrar a reconfortante exaustão silenciosa do corpo
E à noite depois de umas trutas fritas em manteiga,
Uma garrafa de vinho distante, Buson na manta de lã sobre os joelhos
E um gato que nos visita como reminiscências de infância.
Turku
06.09.2020
João Bosco da Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário