Amor
O amor, o amor é sempre o mesmo, seja que aperto seja,
Nas pregas ou nas rugas, o amor é sempre a mesma festa,
Acaba neste verão, no próximo começará outro,
É sempre demasiado curto, como uma noite de arraial quente,
Mas o amor, esse é sempre o mesmo, seja a pele mais morena
Ou a emigrante pálida na procissão do santo da festa,
O amor é sempre o mesmo, como a estrada, as curvas,
As giestas e as testemunhas da fome desse amor ser saciado,
O amor é só fome, às vezes até arroz branco alivia essa
fome,
A maior parte das vezes uma grade de cervejas e o ombro
Mais próximo, o resto é paciência, honra ou resignação,
A amor são aquelas curvas na estrada à noite até lá chegar,
Depois é um bar que fecha, um copo vazio, um carro
embaciado,
Depois é um verão que acaba, um inverno que chega, sempre o
mesmo.
Turku
09.10.2020
João Bosco da Silva
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