Clamídia
A vingança é filha da honra, um alívio cuspir na cara
Que acendeu a nossa com a mão, não há corte maior,
Um jogo da sardinha com as palmas a arder e um dente
A abanar, o avô ainda imortal a sorrir com os dentes
De vinho, a tua cona ainda cremosa por outro caralho
E na minha gaita ainda o arrependimento
Da colega de trabalho, o alívio de uma mão vazia,
Os dentes cerrados, no táxi de regresso, naquele
Jantar de ano novo, espero que a azitromicina
Te tenha caído bem, a ti também e a ti que nunca soube
Quem, que logo agora que pensava num filho,
Tenho que esperar pelo que diz o mijo no copo.
09.10.2020
Turku
João Bosco da Silva
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