Madrugada
Seis da manhã, não tarda, nascerá dourado o glorioso desespero
azul,
Gelado como os sonhos lúcidos, não consigo lembrar-me do teu
sorriso
Sem tristeza, que fiz eu dos teus olhos, da inocência que escolhi
nunca ver,
Haverá pão fresco no ar dessa distância onde moras,
perdoa-me
Todas as madrugadas e todos os cheiros intrusos que
arrastava
Atrás do meu desejo por outras perdições, para a nossa cama
quente do teu sono,
Dos amores sacrificados, nascem as manhãs de inverno,
Timidamente rasgando as trevas, sou todos os desencontros
futuros.
11.02.2021
Turku
João Bosco da Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário