Aquela Águia Que Morta Voava
Fosse a morte sueca, neste mundo banhado pela peste
E o medo, nos desse ela mais oportunidades para confirmarmos
Que a vida faz ainda menos sentido, pouco somos mais do que
A vontade de questionar, quando cessam as perguntas,
acabamos,
O nosso corpo é apenas um circo ambulante,
Fosse a morte sueca, e nos permitisse sempre regressar
A casa para morrer, esta vida que nos leva a tantos
infernos,
Longínquos, que procuramos como uma terra santa,
A carne doutros corpos que se abre em tormenta e redenção,
Fosse a morte sueca e não iríamos sozinhos para o vazio,
Quando o vazio é estarmos sós, e a nossa busca pela
perfeição
É o que vai tornando o mundo mais imperfeito,
Fosse a morte sueca e esperaria um momento mais,
Mas a morte não joga xadrez, é um relâmpago sem regras,
E o medo sempre matou mais que qualquer peste.
06.09.2021
Turku
João Bosco da Silva
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