A Cerveja
Em casa dos meus avós
A cerveja sabe sempre melhor!
Sabe à cerveja às escondidas
Com os meus primos,
Mesmo sem o açucar.
Sabe às primeiras antes do excesso,
Como a vida sabia antes dos anos a mais.
Tem o sabor verdadeiro,
Sem a intenção de esconder a dor de hoje.
Sabe a lombo assado na brasa
Com batatas arrancadas da terra
Pelas mãos nodosas do meu avô,
Regadas com ouro do esforço do ano que passou.
Eu ainda à volta da mesa,
Mais baixo que ela,
Nos olhos da minha avó.
A mim tudo isto me parece gratuíto,
Seguro, garantido, como a garrafa que aperto na mão...
Até a uma caixa de madeira de pinheiro,
Ou de cerejeira, de onde caí,
De onde cai a garrafa e se estilhaça no chão,
Com a ilusão de o que sempre foi, será para a eternidade.
20.01.2010
Savonlinna
João Bosco da Silva
Em casa dos meus avós
A cerveja sabe sempre melhor!
Sabe à cerveja às escondidas
Com os meus primos,
Mesmo sem o açucar.
Sabe às primeiras antes do excesso,
Como a vida sabia antes dos anos a mais.
Tem o sabor verdadeiro,
Sem a intenção de esconder a dor de hoje.
Sabe a lombo assado na brasa
Com batatas arrancadas da terra
Pelas mãos nodosas do meu avô,
Regadas com ouro do esforço do ano que passou.
Eu ainda à volta da mesa,
Mais baixo que ela,
Nos olhos da minha avó.
A mim tudo isto me parece gratuíto,
Seguro, garantido, como a garrafa que aperto na mão...
Até a uma caixa de madeira de pinheiro,
Ou de cerejeira, de onde caí,
De onde cai a garrafa e se estilhaça no chão,
Com a ilusão de o que sempre foi, será para a eternidade.
20.01.2010
Savonlinna
João Bosco da Silva
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